terça-feira, 7 de setembro de 2010

O JUDEU QUE NÃO ACREDITAVA EM DEUS

      Em 1980, eu trabalhava no depósito central de uma firma em uma cidade na periferia da cidade do Rio de Janeiro.
      Certo dia apareceu um camarada esquisito pedindo emprego, era um rapaz novo, branco, rosto comprido, olhos azuis, nome de gringo, carteira de trabalho sem nenhuma assinatura de emprego anterior, o encarregado do departamento pessoal pergunto-lhe, você nunca trabalhou? Ele disse não: Foi um policial militar que me mandou aqui, porque vocês dão comida e tem alojamento para dormir, é isto que eu estou querendo.
      Pois bem, depois dos detalhes para admissão, o rapaz começou trabalhar, as onze horas almoçou, e ao meio dia, não apareceu mais para trabalhar. por volta de meio dia e meia, o encarregado veio correndo falar comigo, dizendo que ele estava chorando dentro de uma manihla e que foi falar com ele, porém ele não respondia nada; então pediu-me para ver se ele me ouvia e disse-me para eu ter cuidado, pois o cara era muito estranho: Eu lhe disse, deixa comigo ele vai me ouvir.
      Cheguei perto dele, falei oh meu jovem, o que está acontecendo? Conte-me, eu posso ajuda-lo; ele respondeu: Não ninguém pode ajudar-me, eu preciso das fim a minha vida, pois não tenho família, estou dormindo na rua, e quem podia me ajudar não me ajuda.
      Perguntei-lhe; quem é que podia te ajudar e não te ajuda? Então ele começou a contar-me a sua vida, disse-me: Meu pai é Israelita, é dono de quase todos as lojas dessa cidade,(não cito o nome da cidade pra preservar a identidade dele)eu sou filho único, não tenho mais mãe, o meu pai me trata como um trabalhador qualquer, eu varria a loja, carregava caixas, não era isso que eu queria, eu queria ser gerente, trabalhar de terno e gravata, no entanto ele faz isto com outros e comigo não, me trata como um trabalhador qualquer nem salário me paga, me dar quanto quer, eu não posso sair com amigos, porque ele não quer que eu me misture com pessoas que não seja do seu povo. Por isso eu sair de casa, fui morar na rua e vender santos (ídolos) na calçada na porta da igreja matriz.
      Eu achei graça e perguntei-lhe: Você crê nesses santos que vende? Ele disse não; eu não creio em nada, quando eu vendo um santo daqueles, eu falo comigo mesmo, enganei mais um; só que meu pai mandou a polícia apreender toda minha mercadoria, por isso eu vim procurar emprego aqui, mas eu não aguentei é muito pesado.
      Nisto ele parou de falar e eu comecei e falei-lhe: Se você é Judeu, você crê em Deus! Ele respondeu: Eu não sou Judeu, meu pai que é; eu não creio em Deus, eu só creio na matéria, naquilo que eu vejo, eu falei: Então você não crê que Deus criou todas as coisas? Toda essa beleza que nós estamos vendo? Ele disse não: Quem criou foi a natureza: Eu falei, digamos que essa natureza que você diz crer seja o próprio Deus, que você acha? Ele respondeu não: Eu não vejo Deus! A natureza eu vejo. Perguntei-lhe: Você vê a natureza? Ele respondeu vejo em tudo isto que estou vendo mas Deus eu não vejo. Então disse-lhe, mas ninguém jamais viu a Deus, nós vemos Deus, através da sua criação, da sua força, do seu poder e da própria natureza que foi ele mesmo que criou; ele respondeu: Eu não creio em Deus, eu não pego nele! Eu falei, já não lhe disse rapaz que nós sentimos a sua força; ele afirmou: não creio; nisto eu vi os cabos de alta tensão que passavam bem perto de nós, então falei-lhe: Você está vendo aqueles cabos? Ele disse sim; eu falei: Por eles estão passando uma força que você não vê, ponha a mão neles pra você ver o que te acontece! Assim é Deus, é uma força que você não pode ver nem tocar. Assim como a força da energia elétrica que nós não vemos nem podemos tocar nela produz muitas coisas, assim é Deus; ele fez e faz todas as coisas, até nós humanos. Ele afirmou: Eu não creio; só se eu ver. Nisto surgiu um pequeno redemoinho de vento em volta dos nossos pés, eu perguntei-lhe, você crê no vento? Ele disse não; eu lhe disse, como é que você não crê no vento rapaz; você não está vendo? Ele respondeu: Eu não posso pegar no vento, só creio na matéria.
      Respondi-lhe; Olha rapaz: Se você não acredita no vento, você é um idiota um imbecil; ele perguntou: o que é imbecil? Eu também não sabia, falei é uma pessoa que agente explica, explica, explica e ele não entende, entendeu? Ele disse não. Eu falei; olha como eu estou com a razão! Ele, que até aquele momento não ria , só ficava de cara fechada, deu uma risada e disse: É mesmo me explique mais.
      Perguntei-lhe, você já ouviu falar de Jesus? Ele disse já, mas eu não creio; eu falei: Você crê que Cabral descobriu o Brasil? Ele disse: Sim, eu li a história. Tornei a perguntar-lhe: Você já leu a história de Jesus? Ele disse não; eu falei: Então leia, para poder crer, porque eu também só cri, depois que eu li as Escrituras, ele disse: Eu vou pensar.
      Contei-lhe a história do filho pródigo, ele ouviu atentamente, então eu lhe disse, só que você é um pródigo diferente, você não gastou os bens do seu pai, você quer gastar! Ele riu novamente e disse: Taí, gostei dessa história.
      Eu falei, olha meu filho, você disse que é filho único, tudo que seu pai é seu, você vai herdar tudo dele, o que ele não quer hoje, é que você gaste tudo que ele adquiriu com trabalho, com sacrifício ou herdou também dos seus pais e vai deixar tudo pra você, quando ele quer que você trabalhe no pesado, é, para você saber que tudo nós adquirimos com sacrifício, com luta, ele quer que você dê valor a tudo que ele juntou pra você, volte para casa, faça como aquele pródigo que Jesus falou, diga a seu pai, pai, voltei pra casa; eu já aprendi a dar valor as coisas sofrendo pela rua, eu encontrei alguém que me falou a verdade, me aconselhou e mandou eu voltar para casa, agora eu estou pronto a lhe obedecer.
     Ele disse: tá certo, eu vou voltar pra casa e vou falar tudo isto, eu sofri muito na rua, mas agora eu aprendi coisas que eu não sabia, obrigado. saiu correndo pegou um ónibus que ia passando e foi embora.
    Eu não sei o que aconteceu depois com aquele jovem, mas ele saiu feliz pelo que eu lhe falei.
    O Cristão deve está sempre preparado para falar à alguém, quando há oportunidade.
                                                
                                                              Esta história foi transcrita da página de um dos meus livrinhos o contador de histórias.

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